Violência contra as mulheres no período eleitoral
Violência contra as mulheres no período eleitoral
A violência contra as mulheres na vida política pode ser entendida como qualquer ato ou ameaça de violência de gênero que resulte em dano ou sofrimento físico,sexual ou psicológico às mulheres, que as impeça de exercer seus direitos políticos,seja em espaços públicos ou privados,incluindo o direito a ocupar cargos públicos,ao voto secreto, à associação e reunião, a realizar campanhas livremente e a exercer sua liberdade de opinião e expressão.
Todas as mulheres com interesse nas eleições: eleitoras, candidatas, apoiadoras, partidárias, cabos eleitorais, integrantes de equipes de campanhas políticas,funcionárias da justiça eleitoral, representantes eleitas e profissionais dos meios de comunicação.
A violência contra as mulheres em contextos eleitorais tem impacto e manifestações diferenciadas para mulheres pertencentes a grupos sociais específicos, como mulheres negras, indígenas, LBTI e/ou com deficiência, que tendem a ter ainda menos acesso a redes familiares e sociais proeminentes na política. Dessa forma, tais mulheres são mais propensas a experimentar formas agravadas de violência por conta das discriminações múltiplas às quais estão sujeitas. Frequentemente, as formas específicas de violência política que elas enfrentam não são reconhecidas como tal, o que dificulta a proteção dos seus direitos.
Portanto, as respostas para prevenir e mitigar a violência política devem incorporar essas importantes dimensões.
As mulheres sofrem violência política em razão de gênero porque sua participação no processo eleitoral ameaça a supremacia de uma estrutura de poder masculino e como uma forma de punição por não se ajustarem aos papéis tradicionais de gênero e de raça a elas atribuídos. Portanto, algumas formas dessa violência podem ser vistas como reação adversa contra a presença de mulheres na vida pública. Algumas dessas manifestações específicas de violência política baseada no gênero incluem impedir que as mulheres votem com autonomia, dissuadir candidatas ou forçar mulheres eleitas a renunciar.
Essa forma de violência tem impedido que as mulheres ocupem cargos públicos, façam campanhas livremente ou expressem uma opinião política sem medo de represálias ou de serem questionadas em sua própria casa, sua comunidade e no âmbito público. À medida que as mulheres se tornam mais visíveis na política e ocupam cada vez mais esse espaço, observa-se um aumento na violência política contra mulheres.
Fonte: ONU mulheres
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